sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

A CULPA É DO "SERTANOJO"

Eu bem que ia deixar um texto aqui hoje - tava precisando - mas com um show de Guilherme&Santiago a poucos metros da porta da minha casa, não há Cristo que consiga se concentrar. Podem dizer que eu estou fazendo desse evento uma muleta para não escrever, mas queria ver se fosse com vocês... experimentem ter uma idéia redondinha na cabeça, tudo ordenadinho, aquela alegria de começar a escreve-la e daí, tão de repente e doído quanto um soco no estômago, sua mente começa a ser invadida por vozes chorosas, versos pobres, rimas previsíveis, letras de música que mais parecem redações românticas de 8º série, solinhos bregas de guitarra. Estragou até o meu momento "iê iê iê"!! Eu estava calma e tranquila ouvindo uma coletânea feroz dos Beatles e eis que Eleanor Rigby foi morta - de novo - só que dessa vez pelo sertanojo. Fora o axé que ficou tocando antes do show começar! Acho que me comportei muito mal essa semana para estar pagando desse jeito.
Não tenho preconceito nem prefiro o inglês ao brasileiro, mas convenhamos... Guilherme&Santiago? Nada pessoal, nada contra os meninos, mas bem que eles podiam estar tocando do outro lado da cidade.
Por que ninguém traz Djavan pra cá?
As últimas celebridades (detesto essa palavra) da música decente que tive a chance de ver em Garça, foram os caras do Ultraje a Rigor. Em 2001, se não me engano. O show mais legal que já vi, depois disso, foram só trevas!! Até a decadente da Gretchen veio em Garça e ninguém mais teve a lúcida idéia de trazer uma banda boa (tirando as de cover, que não temos do que reclamar).
Uma cidadã oitentista como, eu sofre pacas com essas coisas! Muitas das bandas que eu gosto ou não existem mais porque se desmancharam ou porque alguém morreu. Só me resta recorrer à programação noturna das rádios, aquelas que tocam fhash-backs. Mas hoje, nem isso!!! O som sertanojo atravessa minhas paredes. Então não esperem que eu produza um texto agradável. Ah, também ponho a culpa no calor. Calor infernal. Só que também não tenho como abrir as janelas. Oh, meu Zeus, essa noite vai ser longa...
Sem mais delongas (nem tem como ter mais),
até quando tudo estiver mais calmo.
_________
(escrito em 24 de novembro de 2006)

Nenhum comentário: